Plantio em nível: conheça os benefícios e saiba quando é indicado
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O agricultor enfrenta muitos desafios para iniciar e manter sua lavoura até o final. Cultivar o solo envolve uma gama de conhecimentos que muitos empreendedores do agronegócio aprenderam na prática.
Plantar é uma arte e envolve ciência também. Quanto mais você souber acerca do solo e de outros fatores que interferem na produtividade, mais você terá condições de prosperar em seu negócio.
Neste post, mostraremos os principais problemas de plantio e de que maneira é possível superá-los. Leia e confira!
É importante saber se a lavoura contém os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. Eles ajudam a potencializar a safra. Os nutrientes e a acidez do solo devem ser compatíveis com o tipo de cultivo.
Cada plantação precisa de determinados cuidados com o solo. A ausência desse controle tende a gerar transtornos que resultam em imprevistos e perdas que podem acabar com toda a safra.
Para evitar e eliminar esses problemas de plantio, você deve monitorar a lavoura com frequência e usar fertilizantes sempre que for preciso.
As pragas representam alguns dos maiores temores do agricultor, afinal de contas, elas podem destruir completamente dias e até meses de trabalho em um prazo curto.
Analisar em que estado se encontram as plantações próximas é uma maneira de evitar que as pragas se espalhem, pois elas se proliferam com rapidez entre os cultivares.
O monitoramento permite que o empreendedor saiba o momento exato de aplicar produtos para impedir que as pragas alcancem suas plantações.
O controle das pragas e dos contaminantes é uma preocupação da segurança biológica (biossegurança), visando à saúde da própria lavoura, dos agricultores e dos consumidores finais.
Atualmente, muitos empreendedores do agronegócio estão aplicando o “plantio direto”, método que consiste em não revolver o solo para plantar a cultura seguinte. Essa técnica vem oferecendo muitos benefícios para as lavouras anuais. Esses benefícios não são sentidos em culturas semiperenes, muito comuns no centro-sul do Brasil.
As culturas anuais com as maiores áreas cultivadas (milho, soja), em sua maior parte, não seguem o esquema tradicional de plantio, ao contrário de outras culturas de grande representatividade econômica no país (mandioca, cana-de-açúcar, amendoim). As plantações convencionais revolvem o solo para o plantio ou a renovação da cultura.
Nessas plantações, infelizmente, os problemas de plantio envolvem erosão hídrica, especialmente em terrenos de areia, causando um aumento elevado nos gastos com a produção e, ao mesmo tempo, uma queda acentuada no nível de produtividade. Isso ocorre por causa da movimentação das partículas e dos minerais do solo para regiões mais baixas, rios, córregos e bases das curvas.
Nas culturas semiperenes, os agricultores procuram profundidades que variam entre três e quatro centímetros, sem camadas impermeáveis. O solo deve ser solto, friável e poroso para facilitar o crescimento das raízes.
Para obter essas condições, o solo precisa ser preparado de forma a propiciar um rompimento adequado que otimize a drenagem e a circulação do ar, diminua as podridões das raízes e aumente a produtividade. A colheita torna-se mais fácil e os danos às raízes ficam reduzidos.
Nesse contexto, os maiores desafios estão na mecanização do plantio direto e na produção da cobertura morta de boa qualidade, promovendo maior proteção à cultura seguinte, o que trará mais benefícios.
Para conseguir sucesso nas safras, convém conhecer o solo e o clima e coletar dados sobre eles. Sem o devido conhecimento, acontecem muitas perdas e prejuízos. Recomenda-se, portanto, monitorar o solo e as informações meteorológicas para melhorar os ganhos.
As estações de meteorologia podem ser de grande importância para que não ocorram perdas devido à escassez ou ao excesso de chuvas.
O agricultor deve saber, por exemplo, se acontecerá uma geada ou um longo período de seca.
Conforme a Organização Mundial das Nações Unidas (ONU), 70% da água da Terra é usada em irrigação agrícola. A água é um recurso natural fundamental para a lavoura. Diante dessa realidade, é necessário que o produtor rural se previna contra as crises hídricas.
Ele precisa usar a água de forma consciente e pode utilizar o sistema de plantio direto para otimizar a infiltração da água no solo e reabastecer o lençol freático.
O país também sofre com a pouca mão de obra disponível na zona rural e com a necessidade de transformar a lavoura, deixando-a mecanizada.
O êxodo rural ainda é uma realidade no Brasil, o que também promove a redução de mão de obra qualificada.
Com as novas tecnologias, nem sempre os profissionais do campo estão devidamente aptos para lidar com essas ferramentas da maneira adequada.
É fundamental que as atividades agrícolas sejam atraentes para os jovens e é importante investir em treinamentos para que eles sejam capazes de desenvolver operações técnicas.
A sustentabilidade também precisa integrar as práticas de plantio. Ainda são usados produtos venenosos, bem como técnicas e máquinas que contribuem para a emissão de gases poluentes
Para o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Maurício Antônio Lopes, é fundamental “descarbonizar” a produção agrícola.
Para o aumento da produtividade, torna-se necessário disponibilizar mais áreas para a agricultura. Assim, as limitações de terras agrícolas também podem se transformar em um problema. A verdade é que as áreas de plantio não têm aumentado na mesma escala da produção e da demanda.
Desde 1990, conforme a EMBRAPA, a extensão das terras cultivadas com grãos aumentou 61%, mas a produção chega a ser 310% mais alta.
Os maiores responsáveis pela produtividade nas áreas menores de terra são, sem dúvidas, a tecnologia sofisticada e o desenvolvimento científico. Eles fornecem novas técnicas e ferramentas, como as da agricultura de precisão, que é a agricultura praticada com o auxílio de uma tecnologia avançada que permite acompanhar as condições nas áreas agrícolas, tomando como base critérios específicos (clima, solo).
Máquinas ultrapassadas geram problemas de plantio. Apesar da moderna tecnologia, nem todos os agricultores contam com recursos mais modernos para trabalhar a terra com eficiência.
Dessa forma, há perda de produtividade e atrasos na colheita, e a possibilidade de perdas e prejuízos é bem maior.
Nem sempre compensa comprar um maquinário mais avançado para áreas muito pequenas ou os proprietários de terras não têm dinheiro suficiente para investir. Outra situação que acontece é que muitos ficam temerosos de fazer investimentos mais elevados e não ter o retorno que almejam. Na verdade, deixam de lado o custo-benefício do investimento. Se fizerem os cálculos cuidadosamente, poderão notar que vale mais a pena gastar agora e ganhar mais em médio ou em longo prazo que permanecer ligado a técnicas menos produtivas.
O Brasil tem diversos problemas de plantio, mas existem soluções que podem ser aplicadas e mudar a realidade do agronegócio para melhor.
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