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Plantabilidade

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Por que a análise do solo é importante para o sucesso de um negócio?

 
 
7 minutos para ler
 

A análise do solo é um conjunto de procedimentos químicos que identificam a quantidade de nutrientes disponíveis no solo, além de propriedades químicas, físicas e biológicas importantes para a nutrição das plantas. Essa análise calcula a disponibilidade de nutrientes básicos, como nitrogênio, fósforo, potássio e calcário, e determina o conteúdo de matéria orgânica, o enxofre, o pH e outras características, como densidade e permeabilidade.

 

A ideia por trás da nutrição equilibrada das plantas é aplicar apenas os nutrientes que não podem ser adequadamente fornecidos pelo solo. Portanto, é necessário fazer análise do solo para saber quanto de cada nutriente deverá ser aplicado por meio de fertilizantes.

 

Isso tornará o processo mais eficiente e mais barato, ao cortar custos com a adição de nutrientes que o solo já tem. Neste artigo, você vai entender melhor por que a análise de solos é tão importante, como funciona e quais os seus benefícios.

 

 

O que é análise do solo?

 

A análise do solo determina a quantidade de nutrientes disponíveis naquele momento e a quantidade que pode se tornar disponível ao longo do ciclo de vida da planta. Como você sabe, os solos, muitas vezes, contêm altas quantidades de nutrientes — a maior parte deles na forma sólida.

 

As plantas só absorvem nutrientes em solução (dissolvidos), de forma que a maior parte pode estar indisponível para elas. Uma gleba pode conter 2 toneladas de potássio, por exemplo, mas apenas 20 quilos disponíveis para uma cultura.

 

 

Como funciona a análise do solo?

 

A análise pode ser dividida em 4 etapas:

  1. retirada de amostras;
  2. análise das amostras em laboratório;
  3. interpretação dos dados;
  4. recomendações de gerenciamento do solo.

 

 

A retirada de amostras

 

O procedimento, atualmente, é dividir a propriedade em glebas de até 20 hectares. A análise é feita por gleba. Com um trado, retiram-se amostras de forma aleatória, em duas camadas de profundidade — de 0 a 10 cm e de 10 a 20 cm.

 

É formada uma amostra composta, com cerca de 300 gramas de terra da mistura das diferentes amostras. Desses 300 gramas, somente 50 gramas serão usados para representar todo o solo na análise de rotina:

 

  • a amostra simples é uma porção individual de terra que foi coletada em cada ponto do terreno;
  • a amostra composta é a mistura das diferentes amostras simples que foram retiradas.

 

As amostras são enviadas para análise em um saco plástico bem limpo, com etiqueta amarrada na boca, indicando o nome, o endereço e o número da amostra. Deve ser preenchido um questionário para cada amostra, o qual será enviado juntamente a elas.

 

A análise das amostras

 

Existem dois tipos de análise química: a análise química completa (que avalia os micronutrientes e os macronutrientes) e a análise básica de rotina (analisa apenas os macronutrientes). Também há a análise física do solo e a análise química da planta.

 

A apreciação dessa amostra vai revelar informações como saturação por bases, pH, tamanho das partículas (argila, silte, areia), teores dos nutrientes e presença de alumínio.

 

 

A interpretação dos dados

 

Os principais itens na análise do solo são:

 

  • macronutrientes primários: nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K);
  • macronutrientes secundários: cálcio (Ca), enxofre (S) e magnésio (Mg);
  • micronutrientes: boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), manganês (Mn), molibdênio (Mo) e zinco (Zn);
  • valores de pH (acidez ativa), que corresponde à concentração de hidrogênio em solução do solo.

 

A análise é efetuada em água ou em cloreto de cálcio (caCl2). Conforme o pH do solo, há variação na oferta de nutrientes:

 

  • Al3+ (alumínio): acidez trocável;
  • H + Al (acidez total ou potencial): acidez trocável e não-trocável;
  • SB (Soma de Bases): K + Ca + Mg + Na;
  • V% (saturação por bases): proporção da troca catiônica (de íons positivos) por base;
  •  CTC total (Capacidade de Troca Catiônica): medida em pH 7;
  • t (CTC efetiva): SB + Al;
  • mt (saturação por Al3+): 100 x Al3+ / t;
  • M.O.(matéria orgânica).

 

 

As recomendações de gerenciamento de solo

 

Conforme a cultura (café, cana-de-açúcar, soja), existem diferentes tabelas e recomendações que ajudam no planejamento e na tomada de decisões. Assim, em cada área, é aplicado um tipo de adubo, gessagem (gesso) e calagem (cal), respeitando a análise do solo e os critérios que definem a sua interpretação. Depois do resultado, convém consultar um técnico agrícola ou um engenheiro agrônomo.

 

 

Qual a importância da análise do solo para o negócio agrícola?

 

O custo dos fertilizantes pode comprometer boa parte do orçamento da sua fazenda. É importante usar o fertilizante, a quantidade e o local certos. A análise do solo ajuda o agricultor a tomar várias decisões de forma eficiente:

 

  • o custo de usar pouco fertilizante pode ser maior do que o custo de usar em excesso;
  • a melhor forma de fazer o investimento em fertilizante render é avaliando quais nutrientes suas plantas precisam;
  • a única maneira de fazer isso é com a análise do solo.

 

 

Quando fazer a análise do solo?

 

A análise do solo pode ser efetuada em qualquer época do ano, mas o momento mais adequado para fazer é entre uma e outra safra, sobrando mais tempo para o planejamento agrícola. Fazer essa avaliação três meses antes de começar a plantar é uma boa época, pois resta tempo suficiente para reparar a terra, caso isso seja necessário.

 

 

Como ser mais eficiente na análise de solo?

 

Conforme dissemos, é importante dividir o solo por áreas homogêneas. Na hora de coletar a amostra, use somente a terra central, deixando as laterais. Coletadas as amostras simples, misture-as manualmente, fazendo a amostra composta. Retire 300 gramas da amostra composta para enviar ao laboratório.

 

É importante pesquisar e escolher um bom laboratório para o envio das amostras. Se o solo for explorado com lavouras anuais, recomenda-se uma análise anual. Já nos solos arenosos, que recebem muitos fertilizantes e corretivos, a análise deve ser mais frequente. A análise química de rotina pode ser efetivada anualmente e a completa pode ser feita a cada três anos.

 

 

Que ferramentas e tecnologia podem otimizar a análise do solo?

 

Para retirar as amostras, podem ser usados equipamentos como enxada, enxadão e cortadeira (pá reta). Mas já existem ferramentas mais modernas que fazem isso, chamadas amostradores, entre os quais estão o trado (tipo rosca, manual ou mecânico), as ferramentas tipo tubular, tipo caneca ou holandês. O GPS também pode ser usado para definir as áreas que serão analisadas.

 

A agricultura digital já utiliza dispositivos mais avançados para efetuar a análise do solo, como laser e IA (Inteligência Artificial), além de códigos de barras, fibra ótica, plasma (semelhante ao gás), espectrômetro (mede as propriedades da luz), controlador de tempo e computadores. Os robôs inteligentes permitem maior eficiência, sustentabilidade e lucratividade para a nova agricultura.

 

A análise do solo é fundamental para fazer seu negócio agrícola render o máximo possível. Além de identificar os nutrientes de que suas plantas vão realmente precisar, ainda ajuda na preservação ambiental, ao calcular também os fertilizantes de que você não vai precisar ou que usará em menor quantidade.

 

 

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