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Plantabilidade

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Quais os tipos de fertilizantes mais utilizados na agricultura?

 
 
11 minutos para ler
 

Os diversos tipos de fertilizantes são fundamentais para a agricultura. Esses produtos oferecem condições ótimas para as plantas e permitem que elas se desenvolvam com grande intensidade. Na prática, isso leva ao aumento da produtividade.

 

A sua aplicação também tem a ver com a sustentabilidade. Afinal, melhora a autonomia do plantio, com economia de insumos e maior rendimento. Eles são seguros, funcionais e ajudam a abastecer os pratos de milhões de pessoas.

 

Para que você entenda melhor, apresentaremos os principais tipos de fertilizantes e as suas características. Confira!

 

 

O que são e quais são os macro e micronutrientes?

 

Os macro e os micronutrientes são componentes que ajudam a garantir que as plantas possam se desenvolver. Eles fazem parte de diversas etapas, desde os processos iniciais de germinação até os de reprodução — então, compõem todo o ciclo de vida de uma planta.

 

Os macro são assim chamados porque são exigidos em grande quantidade. Dessa forma, são essenciais para o desenvolvimento saudável da planta. Entre eles, estão:

 

  • nitrogênio: importante para as proteínas, tem atuação na geração de frutas e flores;
  • fósforo: ideal para fornecer energia e para o desenvolvimento de novas estruturas;
  • potássio: permite a transpiração e a troca de gases, além de ajudar a evitar as pragas;
  • enxofre: faz parte de muitos componentes das células;
  • cálcio: favorece o transporte de materiais e o crescimento radicular;
  • magnésio: é o grande formador da clorofila, que permite a fotossíntese.

 

Já os micronutrientes são necessários em menor quantidade, mas ainda devem ser disponibilizados. Entre os principais, podemos destacar:

 

  • ferro: ajuda na fotossíntese, mas, como o solo brasileiro é majoritariamente ácido, é encontrado em grande quantidade;
  • manganês: também auxilia no desempenho da fotossíntese;
  • zinco: ajuda na reprodução;
  • cobre: permite a formação de sementes e favorece a criação de estruturas;
  • boro: está presente no processo de divisão celular;
  • cloro: otimiza a fotossíntese e o controle de temperatura;
  • molibdênio: estimula a síntese proteica por meio de aminoácidos.

 

Dependendo da necessidade de cada cultura ou do solo, os tipos de fertilizantes são compostos por várias misturas e concentrações de nutrientes. Assim, oferecem às plantas aquilo que é mais necessário para o desenvolvimento potencializado delas.

 

 

Quais os principais tipos e suas características?

 

Os fertilizantes estão disponíveis no mercado sob variadas formas, seja pelo tipo de produto, seja pela apresentação. Conhecer cada tipo e suas características facilita a escolha do melhor produto e do mais indicado para a lavoura cultivada.

 

 

Fertilizante orgânico

 

O fertilizante orgânico pode ser considerado o primeiro adubo utilizado na história da agricultura. É constituído por materiais de origem animal (ossos, chifres) e vegetal (cascas, folhas), geralmente moídos ou decompostos.

 

Além desses, podem ser utilizados, por exemplo, os resíduos da indústria de extração do óleo de determinadas sementes. Nesse caso, pode ser citada a torta de mamona, muito utilizada no Brasil como fonte de matéria orgânica para a adequação do solo.

 

A importância maior dos fertilizantes orgânicos não está tanto em sua composição nutricional. Na verdade, seu valor reside no seu potencial para melhorar diversas condições do solo, como a aeração, a capacidade de retenção de água e a biodiversidade do solo, entre outras.

 

Existe uma grande diversidade de fertilizantes orgânicos. De modo geral, podem ser assim relacionados:

 

  • húmus de minhoca (produto de vermicompostagem);
  • composto orgânico (produto de compostagem);
  • farinha de ossos;
  • farinha de concha;
  • torta de oleaginosas (produto da indústria de extração de óleo vegetal);
  • esterco animal;
  • biossólido ou lodo de esgoto;
  • vinhaça (resíduo da produção de açúcar);
  • biofertilizantes.

 

Fertilizante mineral

 

É o fertilizante mais comum, comercializado em função de sua formulação química. O adubo mineral pode ser natural, isto é, processado apenas fisicamente por moagem, lavagem ou outro método realizado a partir do minério original.

 

No entanto, também pode ser produzido em uma indústria química. Essa produção pode ser direta ou resultar do aproveitamento do subproduto de algum processo industrial.

 

Um exemplo de fertilizante mineral sintético produzido industrialmente é o sulfato de amônia. Trata-se de uma importante fonte de nitrogênio e de enxofre para as plantas que é muito utilizada na agricultura brasileira.

 

De maneira geral, o fertilizante mineral básico apresenta a formulação NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) em diversas concentrações. Do mesmo modo, outros elementos indispensáveis têm suas respectivas formulações comerciais.

 

 

Fertilizante organomineral

 

O fertilizante organomineral, como o nome indica, resulta da mistura do adubo orgânico e do mineral. Sua capacidade de solubilização no solo, isto é, a facilidade com que fica disponível para as plantas, é intermediária entre o fertilizante orgânico (pouco solúvel) e o mineral (muito solúvel).

 

A produção de organominerais é uma excelente alternativa para o aproveitamento da grande quantidade de resíduos orgânicos em determinadas atividades, como na suinocultura. Assim, adicionando-se fertilizantes minerais fosfatados, obtém-se um ótimo produto para a lavoura.

 

O mesmo pode ser obtido com a adição de outros fertilizantes minerais em cama de frango (resíduos da criação de aves) e em trufa, entre outras. Unem-se, dessa forma, as vantagens de cada tipo de fertilizante.

 

 

Biofertilizante

 

Embora biofertilizantes sejam um tipo de adubo orgânico, por sua importância e por suas características, serão abordados com destaque. Eles são fertilizantes orgânicos líquidos, produzidos a partir da adição de água em uma mistura de materiais orgânicos, como terra de mata, resíduos vegetais, amido de mandioca e açúcar mascavo, entre outros.

 

Toda a mistura deve ser agitada 3 vezes por dia ao longo de uma semana. Ao final desse período, o material pode ser coado e utilizado em pulverização direta (adubação foliar) ou na água de irrigação (fertirrigação).

 

Existem outras maneiras de produzir o biofertilizante fazendo uso de materiais diversos. Esse é um exemplo do produto desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA).

 

O produto obtido é muito rico em nutrientes, além de hormônios e micro-organismos úteis à biodiversidade do solo e que auxiliam nos processos nutricionais das plantas. Os biofertilizantes são fáceis de serem produzidos e constituem uma excelente complementação para a adubação orgânica tradicional.

 

 

Como fazer a aplicação?

 

Os tipos de fertilizantes também exigem ações distintas na hora de proceder à aplicação. As características e os objetivos diferentes levam a necessidades variadas, com técnicas diferenciadas em cada caso. Na sequência, mostraremos quais são as principais. Veja!

 

 

A lanço

 

Nesse sentido, a disponibilização de nutrientes acontece de forma progressiva. As quantidades são “parceladas” e dispostas em discos. Então, o produto é espalhado por uma atuação giratória em uma área delimitada. É ideal para garantir que as plantas tenham sempre os componentes no momento específico em que precisam.

 

 

Semeadura

 

Realizada junto ao plantio, a versão por semeadura aplica os compostos pouco abaixo das sementes. É uma forma de economizar tempo e dinheiro, além de otimizar o desenvolvimento da germinação. Como desvantagem, há a necessidade de utilizar outra técnica ao longo da vida da planta.

 

 

Pulverização

 

Mais famosa fora do país, recomendamos para o uso de produtos no estado líquido. A pulverização permite que as gotas se espalhem por toda a área de interesse e sejam absorvidas pelas plantas por meio das folhas.

 

 

Irrigação

 

É possível aproveitar os tubos de irrigação para diluir fertilizantes líquidos ou em grãos. A solução, então, é dispersa de forma automática na região. O único cuidado é garantir que as áreas de cada planta recebam as partículas necessárias.

 

 

E os fertilizantes especiais?

 

Dependendo das condições do solo ou mesmo da cultura, é preciso fazer uma fertilização com dosagens bem baixas. Nesse caso, são utilizados produtos especiais, como os que oferecem enxofre ou zinco, apenas para corrigir pequenas deficiências.

 

Para ter sucesso, recomendamos que a medição seja feita de maneira precisa. A utilização de um sistema adequado garante alta exatidão, o que evita desperdício e favorece a sustentabilidade. O uso segundo essas práticas permite direcionar o foco para o aumento da produtividade, ao mesmo tempo em que ocorre a otimização de custos.

 

Os tipos de fertilizantes variam de acordo com a composição e até com a forma de aplicação. Depois que apresentamos essas possibilidades, você terá a chance de obter muito mais produtividade. No entanto, é sempre importante utilizar a dosagem correta para gerar economia e não prejudicar o meio ambiente.

 

 

Por que é essencial conhecer os diferentes fertilizantes?

 

Os fertilizantes constituem a base da nutrição das plantas cultivadas. Por essa razão, sua utilização não pode ser aleatória, necessitando de alguns conhecimentos essenciais para um resultado de sucesso.

 

 

Composição

 

A composição dos fertilizantes é bastante diversificada. O conhecimento dos elementos constituintes de um fertilizante é imprescindível para a sua utilização correta. O uso inadequado pode levar à carência do elemento necessário à lavoura ou à intoxicação pelo excesso.

 

Dessa forma, por exemplo, quando se fala em NPK, faz-se referência a um adubo misto composto por nitrogênio, fósforo e potássio. Por sua vez, o cloreto de potássio (KCl) é um fertilizante utilizado para fornecer potássio à planta.

 

 

Concentração

 

Além de conhecer a composição, é preciso identificar a concentração em que os elementos estão presentes no fertilizante. É a partir dessa informação que podem ser feitos os cálculos da quantidade a aplicar.

 

Assim, continuando o exemplo anterior, o adubo misto NPK 4-14-8 tem 4 partes de nitrogênio, para 14 partes de fósforo e 8 partes de potássio. Trata-se de uma formulação comercial, muito utilizada para o momento do plantio de espécies que produzem frutos (tomate, pimentão) e flores ornamentais (hibisco, azaleia).

 

 

Acidez

 

O conhecimento da acidez do fertilizante é importante, levando-se em conta que os solos brasileiros, de modo geral, apresentam certos níveis de acidez, às vezes elevados. Assim, deve haver o cuidado em utilizar fertilizantes neutros ou básicos para não desequilibrar ainda mais o pH (unidade de medida da acidez) do solo.

 

Como exemplo, pode ser citado o fertilizante superfosfato simples, importante fonte de fósforo, cujo pH é 3,0 (muito ácido) e, por essa razão, considerado um acidificante do solo. Por sua vez, o salitre do Chile (ou sulfato de amônia), com pH em torno de 9,5 (básico), não tem efeito acidificante no solo.

 

 

Custos

 

Alguns fertilizantes podem ser bem mais caros que outros. Por sua vez, para fornecer um mesmo nutriente, é possível utilizar mais de um tipo de adubo. Assim, conhecer as opções existentes permite adequar os custos na gestão de insumos.

 

É preciso considerar que, para algumas culturas, os gastos com fertilizantes podem representar um percentual elevado dos custos de produção. Portanto, é um aspecto importante que deve ser conhecido e observado.

 

 

O que considerar para escolher o melhor fertilizante?

 

A escolha do fertilizante mais adequado para a sua lavoura depende de alguns fatores que devem ser analisados pelo produtor antes de fazer a sua opção. Assim, é importante levar em conta alguns aspectos, como:

 

  • condições apontadas pela análise do solo;
  • necessidades da cultura;
  • tecnologia de aplicação;
  • qualidade do produto;
  • custos envolvidos com o produto, o frete e a sua aplicação.

 

A experiência do produtor e a assessoria de parceiros especializados dão o toque final para a decisão mais acertada. Porém, todos os fatores devem ser avaliados para cada situação e cada cultura, ainda que na mesma área de produção.

 

Conhecendo os principais tipos de fertilizante, a forma de aplicação e o que deve ser avaliado na hora da escolha, você está preparado para decidir o melhor para a sua lavoura.

 

 

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