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Plantabilidade

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O que são fungicidas sistêmicos e como são classificados?

 
 
6 minutos para ler
 
 

A produção agrícola é cada vez mais complexa, estando sob a ação de inúmeros agentes destrutivos ou competitivos, como as pragas e as doenças que afetam as lavouras. Por outro lado, no arsenal do produtor, estão equipamentos modernos e defensivos agrícolas eficientes, entre os quais se destacam os fungicidas sistêmicos.

 

A sua utilização, no entanto, requer conhecimento da forma de ação e dos principais nichos de atuação para que sejam bem utilizados e de modo eficaz. Da mesma maneira, devem ser considerados os principais cuidados que regem a sua aplicação com vistas à segurança do produtor e da própria lavoura.

 

Continue a leitura e descubra o que são fungicidas sistêmicos e como são classificados!

 

 

O que são fungicidas sistêmicos?

 

 

Fungicidas são defensivos agrícolas utilizados na lavoura para combater os fungos que provocam doenças nas plantas. Os fungicidas sistêmicos são aqueles que, uma vez aplicados sobre a lavoura, conseguem penetrar nos tecidos internos e, em seguida, se deslocar de um ponto a outro dentro da planta.

 

Isso significa que são absorvidos no local da planta em que são aplicados. No entanto, uma vez translocados até onde são necessários (onde está o fungo), são capazes de inibir ou bloquear determinados processos bioquímicos específicos do patógeno. É importante, no entanto, que sejam resistentes à degradação rápida.

 

De modo geral, podem inibir infecções fúngicas locais ou distantes do ponto externo de aplicação, sem provocar danos aos tecidos da planta. Além de alcançarem o patógeno (o fungo), uma característica importante que devem apresentar é um efeito erradicante (matá-lo), além de suprimirem o estabelecimento da infecção causada pelo fungo.

 

 

Como são classificados?

 

 

Dado o grande número de doenças provocadas por fungos, assim como a diversidade de formas de ação dos fungicidas com relação à planta e ao patógeno, são criadas maneiras de classificá-los para facilitar a sua seleção. Conheça, a seguir, os principais aspectos considerados.

 

 

Modo de ação

 

 

A classificação segundo o modo de ação do fungicida sistêmico procura identificar o processo metabólico da fisiologia do fungo no qual o produto atuará. Assim, por exemplo, um determinado fungicida pode agir sobre a respiração celular do fungo, enquanto outro atua inibindo as enzimas do patógeno.

 

Dessa forma, os fungicidas podem ser classificados em função de provocarem no fungo algum destes efeitos:

 

  • inibição da respiração do organismo patogênico;
  • alteração nas atividades do núcleo celular;
  • alteração nas funções da membrana celular;
  • alteração nas funções da parede celular.

 

 

Alvo biológico

 

 

O princípio ativo do fungicida pode ter a sua ação bioquímica direcionada para um determinado ponto do metabolismo do fungo e, nesse caso, o seu modo de ação é conhecido por uni-sítio ou sítio-específico. Por sua vez, o alvo biológico também pode estar em mais de um ponto específico, sendo, então, conhecido por multissítio.

 

Os fungicidas apresentam grande importância nas estratégias de controle fitossanitário, em razão de ser mais difícil o desenvolvimento de resistência pelo patógeno. Já no caso de alvo biológico único, essa defesa desenvolvida pelo patógeno é mais fácil por se dar em uma única área.

 

 

Princípio de controle

 

 

Os fungicidas sistêmicos apresentam um variado espectro de quatro possíveis efeitos que provocam no patógeno e na planta, conforme o princípio ativo do produto. Assim, devem ser consideradas as seguintes ações:

 

  • erradicante: age nos tecidos novos da semente germinada quando já existe atuação do fungo ou diretamente sobre o patógeno quando no solo;
  • curativa: age sobre o patógeno após a sua penetração nos tecidos vegetais, mas ainda sem sintomas definidos;
  • protetora: impede a penetração do fungo nos tecidos da planta, uma vez que permanece na superfície vegetal para proteção;
  • imunizante: confere resistência para os tecidos da planta contra o patógeno.

 

 

Quais as vantagens e as desvantagens de seu uso?

 

 

Os fungicidas sistêmicos apresentam algumas vantagens em sua utilização, além de desvantagens. No entanto, para serem aproveitados os benefícios, devem contar com a correta aplicação do produto, em sua periodicidade de utilização, no emprego de sua concentração recomendada ou ainda nos cuidados de manejo.

 

 

Vantagens

 

 

A capacidade de penetrar nos tecidos vegetais e alcançar as partes internas contaminadas pelo patógeno é essencial. Ela viabiliza o cuidado contra inúmeras e importantes fitopatologias que, sem essa atenção, prejudicariam ou até impediriam uma boa produção.

 

Ao mesmo tempo, os fungicidas sistêmicos operam com grande especificidade. Isso permite agir em um ponto distante do local de aplicação do produto, controlando o patógeno sem afetar a planta.

 

Ainda outra vantagem dos fungicidas sistêmicos reside em sua maior amplitude de aplicação. Assim, é possível a sua utilização desde a fase anterior à infecção, imediatamente após ou de modo curativo, com os sintomas já sendo detectados.

 

 

Desvantagens

 

 

A principal desvantagem a ser considerada é o cuidado com a frequência e a dosagem de aplicação. O emprego indiscriminado desses produtos pode levar ao desenvolvimento de resistência pela população de patógenos.

 

Outro aspecto a considerar é o preço dos fungicidas sistêmicos. Normalmente, são produtos mais caros, cuja correta utilização tornará vantajoso o seu uso na lavoura, compensando com as perdas que é capaz de evitar.

 

 

Como utilizar e quais os cuidados?

 

 

O primeiro cuidado que se deve ter com a utilização de fungicidas sistêmicos consiste na confirmação do diagnóstico e da correta indicação do produto em questão para o caso avaliado. Com a definição do item a ser utilizado, a concentração e a frequência de uso recomendadas devem ser bem delimitadas e seguidas à risca.

 

 

Algumas regras devem ser consideradas:

 

  1. sempre leia com atenção as orientações do fabricante contidas no rótulo;
  2. faça uso de fungicidas o mais preventivamente possível, isto é, antes do desenvolvimento das doenças;
  3. sincronize a frequência de uso com as condições climáticas mais favoráveis ao controle;
  4. utilize todos os equipamentos de segurança necessários e tome todas as precauções devidas;
  5. considere que algumas doenças requerem produtos específicos e que não se pode generalizar, sendo indispensável a orientação de um profissional especializado.

 

Como se viu, fungicidas sistêmicos são importantes ferramentas para a garantia da produção agrícola e se classificam sob diversas formas de utilização, mas devem ser empregados com orientação segura e profissional.

 

 

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