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Preservação do solo: descubra agora 10 práticas para fazer corretamente

 
 
10 minutos para ler
 
 

Você sabe que a qualidade do solo é uma das bases da boa agricultura. No entanto, para mantê-lo bom e produtivo, é indispensável que sejam adotadas medidas de preservação do solo.

 

Assim, existem cuidados com o manejo durante as práticas de cultivo que são indispensáveis para a conservação. Sabia que, com a adoção de algumas iniciativas de manutenção da terra cultivada, você consegue garantir a continuidade de boas colheitas?

 

Continue a leitura e descubra 10 práticas para preservar as boas características do solo. Vamos lá!

 

 

1. Preparo do solo adequado

 

Um preparo de solo tecnicamente bem conduzido é essencial para todo o ciclo da cultura, assim como para o resultado da lavoura. No entanto, a atenção, nesse momento das atividades de produção, também é indispensável para garantir a adequada preservação para as próximas safras.

 

Assim, devem ser consideradas a estrutura e a textura do solo ao definir as operações de aração e de gradagem do terreno. Na verdade, o que é preciso evitar é a excessiva pulverização, o que o tornaria muito mais exposto à erosão pelas águas de chuva e de irrigação e sujeito a perdas significativas.

 

Nesse sentido, a prática mais indicada é a do plantio direto, que interfere bem pouco na estrutura do solo. No entanto, como nem sempre é possível adotar essa opção, o melhor é ter cuidado na condução das operações de preparo.

 

 

2. Plantio em curvas de nível

 

A curva de nível é a linha altimétrica imaginária ou traçada no terreno sobre pontos diferentes, mas que apresentam a mesma nivelação, isto é, têm a mesma altitude.

 

Desse modo, considerando que a água só escorre de um ponto de nível mais alto para outro mais baixo, essa é uma excelente iniciativa para impedir grandes escoamentos sobre o solo cultivado. Este é o princípio dessa técnica de conservação: plantar em linhas de nível.

 

Assim, essa técnica de preservação do solo é utilizada em áreas em que a declividade do terreno começa a se mostrar mais acentuada. Essa condição facilita o escoamento e a formação do processo de erosão do solo, chegando a produzir grandes cavas no terreno cuja recuperação envolve custos muito elevados.

 

 

3. Terraceamento

 

O terraceamento — ou cultivo em terraços — é uma técnica de preservação do solo para lavouras localizadas em terrenos de topografia muito acidentada, com declives bem acentuados. Sem essa correção aplicada, o cultivo ficaria bastante limitado, e a mecanização seria praticamente impossível.

 

Trata-se, assim, da formação de terraços que criam áreas planas, contornando o perfil de colinas ou morros onde são moldados. O traçado utilizado deve acompanhar as curvas de nível do terreno, como visto antes.

 

Por sua vez, o terraceamento permite disciplinar o comportamento das águas que escoam, impedindo que iniciem processos de erosão, que é uma das causas da degradação dos solos. Nas áreas onde é necessária, a técnica deve ser acompanhada de outras práticas complementares de conservação.

 

Na estrutura do terraço, além da plataforma que é criada, existe um canal que percorre todo o seu comprimento. Esse canal tem a finalidade de conduzir o excesso de água que escorre pelo terraço, fazendo-a infiltrar no solo.

 

 

4. Planejamento do trânsito de maquinário

 

Um dos grandes danos provocados às condições adequadas do solo é a sua compactação. Um solo compactado torna-se pesado, de difícil manejo, com pouca infiltração da água necessária, e impõe restrições para o bom desenvolvimento radicular das plantas cultivadas.

 

O tráfego de máquinas agrícolas no campo vai provocando o adensamento das camadas do perfil do solo. Essa compactação torna-se mais intensa conforme a umidade do terreno.

 

Por essa razão, o deslocamento de máquinas agrícolas, de tratores e de seus implementos nos períodos de chuva constitui a experiência mais drástica para os cuidados com a compactação do solo. Esse é um fator que deve ser levado em consideração.

 

Assim, durante o planejamento da lavoura, é preciso considerar o tipo de solo, as necessidades de cultivo e de colheita mecanizadas e a época dessas atividades. Com isso, é possível fazer a opção menos onerosa para o solo e para o bolso.

 

 

5. Irrigação controlada

 

Os benefícios da irrigação para a produção agrícola são indiscutíveis, em especial como garantia para a lavoura atingir a produtividade necessária. No entanto, para que esses benefícios sejam alcançados, é imprescindível que se faça uso de sistemas de irrigação bem dimensionados, adequados à área e à cultura a ser irrigada.

 

A falta de atenção a esses cuidados técnicos no uso da irrigação pode conduzir a consumos excessivos de água, muito além das necessidades hídricas das plantas cultivadas.

 

O resultado que se obtém é, primeiramente, uma grande perda de um bem tão precioso como a água. Em seguida, observa-se a implantação de processos físicos e químicos de depreciação da qualidade do solo. Finalmente, as perdas por erosão provocadas pela água de escoamento são identificadas.

 

Desse modo, é preciso considerar a necessidade de utilização da irrigação apenas quando planejada, bem dimensionada e seguindo à risca as previsões do projeto. Sem esse cuidado, as perdas do solo são irrecuperáveis.

 

 

6. Rotação de culturas

 

Uma mesma área pode abrigar cultivos subsequentes, conduzidos um após o outro. Trata-se da técnica conhecida por rotação de culturas, que evita manter, durante safras seguidas, o cultivo da mesma lavoura.

 

 

Assim, ao se substituir a espécie de plantas que ocuparão a área durante determinado tempo, diversas ocorrências de interesse agrícola podem ser observadas, como:

 

  • a retirada diferente de nutrientes do solo;
  • o uso diferente de fertilizantes;
  • a interrupção do ciclo de pragas e doenças instaladas naquele campo;
  • a alteração das demandas de irrigação;
  • a movimentação diferente de máquinas para o cultivo.

 

Essas mudanças ajudam a aliviar uma mesma carga submetida ao solo seguidamente, seja explorando seus recursos, seja movimentando-os no cultivo. A rotação de culturas deve ser considerada como um importante método complementar nas iniciativas de preservação da qualidade do solo.

 

 

7. Reflorestamento

 

As áreas não produtivas deixadas descobertas são mais suscetíveis aos processos de degradação pelos ventos e pela chuva. A reconstituição da cobertura florestal é uma importante iniciativa para a preservação do solo onde é implantada, mas também se reflete no entorno da área plantada.

 

Os efeitos de sombreamento e de redução das temperaturas médias próximas são significativos. Para os solos próximos e suas culturas, ainda há o benefício da ação de quebra-vento, muito utilizada pelos agricultores gaúchos.

 

De todo modo, a existência de mais áreas reflorestadas em determinadas regiões forma barreiras contra processos de erosão profundamente instalados e progressivos. Imensas áreas brasileiras sofrem com processos de desertificação pela ausência de cobertura vegetal adequada e pelo mau uso da irrigação.

 

 

8. Conservação da vegetação nativa

 

Acima, falamos da necessidade de reflorestamento. No entanto, uma das formas mais eficazes para garantir a preservação do solo é mantendo a vegetação nativa, ou seja, evitando o desmatamento. A vegetação natural tem características e elementos que contribuem para proteger o solo e mantê-lo saudável.

 

Muitas empresas escolhem o desmatamento quando vão edificar grandes construções, não atentando muito para a necessidade de conservar o solo. Uma boa solução para esse caso é contar com a ajuda de um consultor ambiental, o qual vai prestar serviços de perícia ambiental, avaliação de risco e outros. Isso contribuirá para que o empreendimento se destaque de forma positiva no mercado, já que tem responsabilidade socioambiental.

 

 

9. Plantio direto

 

O plantio é realizado sem aração ou gradagem prévia, pois a semente é depositada no solo não revolvido e o plantio é feito por plantadeiras que abrem sulcos pequenos, mas com largura e profundidade suficientes para assegurar uma boa cobertura e o contato da semente com a terra, favorecendo a germinação.

 

Nesse sistema de plantio, as ervas daninhas são controladas com a ajuda de herbicidas, pois as capinas mecânicas não são usadas a fim de não revolver o solo. O plantio direto se divide em três etapas:

 

  • a colheita e a distribuição do restante da cultura precedente para formar o que se chama “palhada”;
  • a aplicação de herbicidas;
  • o plantio.

 

Esse sistema é muito útil para controlar a erosão porque os resíduos vegetais permanecem sobre a terra e o solo sofre mobilização mínima.

 

 

10. Redução do lixo

 

O ideal é trabalhar na redução, na reciclagem ou na reutilização do lixo produzido pelo negócio todas as vezes em que for possível agir assim. O sistema de compostagem ajuda a diminuir a geração de lixo. A compostagem é a utilização dos resíduos como adubo para a lavoura. São os restos do beneficiamento de soja, sorgo, milho e aveia.

 

A compostagem ainda melhora a qualidade do solo, pois repõe os nutrientes por meio da matéria orgânica. Ela promove a proliferação de micro-organismos benéficos, reduzindo a necessidade de aplicar produtos químicos.

 

Outra forma de diminuir a produção de lixo é optando por produtos com embalagens biodegradáveis ou com pouca embalagem. Enfim, não se deve descartar remédios e outros produtos de farmácia no lixo comum ou no vaso sanitário.

 

 

Benefícios da preservação do solo

 

A preservação do solo é como a manutenção de uma máquina que não pode parar. Assim, com as medidas recomendadas, é possível garantir todo o potencial da terra na produção da lavoura, em razão dos benefícios que a conservação propicia, como:

 

  • mantém a estrutura do solo, pois as boas práticas de preservação contribuem para melhorá-la, descompactando o solo, tornando-o mais arejado e aumentando seu potencial para armazenamento de água (isso é conseguido especialmente por meio da técnica de plantio direto com rotação de cultura);

 

  • evita a erosão, que é o processo de desgaste e sedimentação do solo por causa de certos agentes, como a água, os ventos e os seres vivos, formando ravinas (grandes buracos), estratificações (caminhos deixados pela água) e voçorocas (buracos mais profundos que podem atingir o lençol freático);

 

  • reduz as perdas de nutrientes, ou seja, evita que o solo perca, parcial ou completamente, as substâncias necessárias ao desenvolvimento de espécies vegetais (em outras palavras, a preservação do solo contribui para mantê-lo fértil, evitando a esterilidade);

 

  • reduz as perdas de água, sem a qual é impossível obter uma lavoura efetiva (a cobertura vegetal, por exemplo, é fundamental para evitar a erosão e a perda de água e de nutrientes essenciais);

 

  • permite a condução de diferentes culturas, ou seja, a rotação e a consorciação de culturas, ou cultivos múltiplos, o que é uma grande vantagem para o produtor dinâmico.

 

Assim, com essas iniciativas de preservação do solo, é possível garantir boas safras por muitas gerações. Cabe a cada um implantá-las e ensinar a fazê-las.

 

 

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